Cirurgia de catarata

Cirurgia de catarata

A catarata é uma consequência normal do envelhecimento. Desenvolve-se gradualmente, ao longo dos anos, à medida que o cristalino se torna turvo. Às vezes, é difícil distinguir os efeitos de uma catarata em desenvolvimento de outras alterações na visão relacionadas à idade. Com o envelhecimento, o paciente pode ficar mais míope, as cores parecerem mais sombrias e o brilho das luzes dificultar a visualização à noite. Aos 80 anos, cerca de metade da população terá desenvolvido a doença.


A cirurgia substitui o cristalino por uma lente artificial. É de baixo risco e eficaz. Todavia, nem todos os especialistas indicam o procedimento imediatamente após o diagnóstico. A decisão geralmente se baseia em quanto a catarata está interferindo nas atividades da vida diária do paciente. Normalmente, um olho é operado por vez, começando com a catarata mais densa. Se a cirurgia for bem-sucedida e a visão melhorar substancialmente, opera-se o segundo olho. A maioria dos pacientes obtém benefícios significativos com a cirurgia no segundo olho. A percepção de profundidade é aprimorada, a visão torna-se mais nítida, facilitando a leitura e a direção.


A capacidade da cirurgia de restaurar a visão é bem conhecida. Os pacientes que já fizeram o procedimento relatam ficar impressionados com as cores “vibrantes” e a melhora da visão noturna. Alguns conseguem até reduzir sua dependência dos óculos. Contudo, é possível quantificar a qualidade da visão aprimorada?


Durante a reunião anual da American Academy of Ophthalmology, realizada em 2019, pesquisadores da Austrália apresentaram um estudo, no qual usaram um simulador de direção para testar a visão dos pacientes antes e depois da cirurgia de catarata. O simulador avaliou as seguintes variáveis: limites de velocidade ajustados, densidades de tráfego, cruzamentos não controlados e travessias de pedestres.


Os pacientes foram submetidos ao simulador de direção após a primeira cirurgia de catarata e, novamente, depois de operar o segundo olho. Na primeira cirurgia, os “quase acidentes” e acidentes diminuíram em 35%; após a segunda cirurgia, o número caiu para 48%.


Os resultados deste estudo australiano destacam a importância da cirurgia de catarata oportuna na manutenção da segurança e da mobilidade/independência dos motoristas idosos.


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