Diabetes Melito do Tipo 2 | Prevalência em Mulheres na Pós-menopausa Deficientes em Vitamina D

Diabetes Melito do Tipo 2 | Prevalência  em Mulheres na Pós-menopausa Deficientes em Vitamina D

A importância da vitamina D na saúde óssea é bem conhecida, porém os dados sobre a influência dessa vitamina nos tecidos extraesqueléticos, principalmente no que diz respeito à redução de desfechos por meio de sua suplementação, ainda são controversos.


A deficiência de vitamina D é considerada uma epidemia silenciosa em todo o mundo, tanto entre crianças quanto entre adultos. A prevalência de deficiência de vitamina D é alta, na cidade de Recife, em mulheres após a menopausa, correspondendo a 32,5% entre 60 e 69 anos e 54,5% entre 70 e 79 anos. O status da vitamina D é de interesse no que se refere ao controle do diabetes, pois pode ser um fator modificável por meio de suplementação. Realizamos um estudo de corte transversal para determinar a prevalência de diabetes em uma população de mulheres na menopausa com deficiência de vitamina D residentes na cidade de Recife (latitude de 8° ao sul). Foram coletados dados de 151 mulheres entre 60 e 85 anos de idade, na menopausa há pelo menos dois anos. A deficiência da vitamina foi avaliada por meio da mensuração da 25(OH)D no soro, com a utilização de níveis desse componente abaixo de 20 ng/ml, sendo considerados suficientes níveis iguais ou superiores a 30 ng/ml. A média etária foi de 67,8 anos. A prevalência de diabetes em mulheres com deficiência de vitamina D foi de 31,3%, sendo mais elevada quando comparada à prevalência de 9% entre mulheres com níveis suficientes de tal vitamina. Odds ratio (OR): 4,62 (IC 95% 1,2 a 17,81), p = 0,032. A média de 25(OH)D foi significativamente menor nas pacientes com diabetes quando comparadas às não diabéticas (25,43 ± 8,87 versus 31,13 ± 9,5 ng/ml; p = 0,01), mesmo não havendo diferenças estatisticamente significativas entre as médias do índice de massa corpórea (IMC) e da idade dos dois grupos. Após ajustes estatísticos, por modelo de regressão linear, para variáveis de confusão, como IMC e idade, a prevalência de diabetes melito foi independente e significativamente mais alta a partir de um ponto de corte de 25(OH)D sérica abaixo de 25 ng/ml. Nossos dados demonstram alta prevalência de diabetes melito do tipo 2 entre mulheres na menopausa com deficiência de vitamina D e reforça a necessidade de estudos de intervenção que verifiquem se a suplementação de vitamina D em várias doses pode influenciar o controle metabólico do diabetes.



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