Fotodermatoses | Doenças causadas ou agravadas pela radiação solar

Fotodermatoses | Doenças causadas ou agravadas pela radiação solar

As fotodermatoses de causa exógena incluem a fototoxia, a fotoalergia e a exacerbação ou indução de doenças sistêmicas (tais como o lúpus eritematoso, a porfiria e a pelagra), em que a fotossensibilidade é uma manifestação clínica proeminente.


Entre os fármacos capazes de produzir reações fototóxicas estão incluídos psoralenos, porfirinas, alcatrão de carvão, antibióticos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Entre os responsáveis pela fotoalergia estão antibióticos tópicos, fragrâncias, filtros solares, AINEs, além de diversas plantas e medicações psiquiátricas.


As reações fototóxicas têm uma incidência muito superior às fotoalérgicas: os espectros de ação para a maioria das fototoxinas e dos fotoalergênicos estão localizados na faixa das radiações UV-A, motivo pelo qual são fundamentais o desenvolvimento e a aplicação de fotoprotetores que protejam a pele precisamente contra esse espectro de radiações.


A fotossensibilização pode ser definida como o uso de uma substância que absorva uma determinada faixa de radiação específica (chamado de fotossensibilizante), produzindo a modificação de um outro componente (chamado de substrato) pela ação dessa radiação e induzindo, consequentemente, uma reação diante de uma radiação que normalmente seria inócua.


A fotossensibilização geralmente se deve a produtos químicos exógenos, mas, em determinados casos, produzem-se fotodermatoses idiopáticas, de mecanismos muito menos conhecidos, entre as quais se incluem a erupção polimorfa lumínica e suas variantes, a urticária solar e a dermatite actínica crônica. Há poucos dados acerca da incidência relativa ou absoluta dessas fotodermatoses.


Em uma pesquisa realizada em Nova York foram avaliados 203 pacientes com fotossensibilidade durante um período médio de 7,3 anos (idade média de 50 anos e 63% do sexo feminino). Os diagnósticos mais frequentes foram erupção polimorfa lumínica (26%), dermatite actínica crônica (17%), dermatite de contato fotoalérgica (8%), fototoxicidade sistêmica a agentes terapêuticos (7%) e urticária solar (4%). Os alergênicos e fotoalergênicos clinicamente relevantes, identificados com maior frequência, foram os fotoprotetores, as fragrâncias e os agentes antimicrobianos.


Nas crianças, a maioria das fotodermatoses tem um mecanismo fototóxico, sendo as manifestações mais frequentes, entre as de causas exógenas, a queimadura solar e as fito-fotodermatites. Nesse grupo etário, é preciso considerar as porfirias, especialmente a porfiria eritropoética e a porfiria cutânea tardia, os albinismos e o vitiligo, os transtornos de reparação celular do DNA (xerodermia pigmentosa, síndrome de Bloom, síndrome de Cockayne, síndrome de Rothmund-Thompson), os transtornos do metabolismo do triptofano, a erupção polimorfa lumínica com suas variantes e a hidroa vaciniforme, com sua possível variante, o prurido estival.


A erupção polimorfa à luz, as porfirias e determinadas fotodermatoses idiopáticas com resposta patológica à luz visível suscitam a necessidade de se utilizar fotoprotetores eficazes contra espectro da luz visível, os quais geralmente requerem a incorporação de filtros físicos na forma de sais metálicos micronizados.


A adição de dióxido de titânio microfino proporciona um grau de proteção superior contra a luz visível e as radiações UV-A em relação aos fotoprotetores químicos eficazes contra os raios UV-A e UV-B. A adição de um agente capaz de absorver a luz visível, como o óxido de ferro, aos filtros físicos com ação de dispersão tem um efeito sinérgico; por outro lado, a adição de pigmentos aos fotoprotetores físicos incrementa tanto a fotoproteção quanto a aceitabilidade cosmética deles.


Filtro solar é um produto cuja formulação terá ingredientes capazes de proteger a pele do sol. Existem dois tipos de filtros solares: o filtro químico e o filtro físico. O primeiro interage quimicamente com a radiação ultravioleta e a transforma em calor. O segundo protege através de uma barreira, promovendo a reflexão dos raios ultravioleta. Os filtros também podem ter outros princípios ativos, como hidratantes, vitaminas antioxidantes e clareadores. Podem também ter vários veículos diferentes, como pomadas, cremes, géis e loções, indicados conforme o tipo de pele.


Há inúmeros princípios ativos utilizados nos filtros solares, como ácido aminobenzona, avobenzona, octil-metoxicinamato, óxido benzona, óxido de zinco e dióxido de titânio. Hoje, a importância da proteção solar é fundamental para preservar a pele dos danos anteriormente citados. Otimizar essa capacidade criando formulações completas e estáveis é a meta principal para proteger e preservar a pele totalmente.




GEN MedClass | Melasma

Compartilhe: