Imunização

A linha justa entre a malária, o barbeiro e a gripe

A linha justa entre a malária, o barbeiro e a gripe

Durante a construção da estrada de ferro Central do Brasil, em 1907, muitos trabalhadores estavam sendo acometidos pela malária, doença parasitária febril aguda, transmitida por mosquitos. Justiniano chegou então à cidade mineira de Lassance, às margens do Rio São Francisco, para tentar conter a epidemia. Ele montou um pequeno laboratório de pesquisa em um dos vagões e instituiu medidas básicas de saneamento, como uso de mosquiteiros, isolamento de indivíduos infectados e eliminação de água parada. Levou também quinino, uma substância extraída da casca da árvore Cinchona, descoberta no Peru, no século XVII, usada para tratar a doença e precursora da atual hidroxicloroquina.


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Entendendo o complexo diálogo entre sistema imunológico e sistema nervoso central

Entendendo o complexo diálogo entre sistema imunológico e sistema nervoso central

O conceito de privilégio imune se refere à incapacidade de um órgão em rejeitar tecidos heterotópicos transplantados. Em 1940, Peter Medawar descreveu que enxertos homólogos de pele no sistema nervoso central (SNC) falhavam em criar uma resposta imune que levasse a sua rejeição. Porém, caso o mesmo enxerto fosse colocado em outra parte do corpo, uma resposta imune ocorria nesse tecido e, quando reinserido no SNC, finalmente aconteceria uma resposta por meio de rejeição tecidual.1 A principal explicação dada por Medawar foi a de que o SNC não tinha um sistema linfático. Portanto, não existiria uma janela de oportunidade para uma resposta imune, argumento que hoje se sabe estar ultrapassado.

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Febre Amarela

Febre Amarela

Por Dra. Isabella Ballalai – O Brasil vem enfrentando desde dezembro de 2016 o maior surto de febre amarela silvestre de nossa série histórica, iniciada na década de 1980. De dezembro de 2016 a maio de 2017 foram confirmados 792 casos e 274 mortes pela doença, principalmente nos estados de Minas Gerais e do Espirito Santo. Em 2018, o cenário se mantém. De acordo com o boletim mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde, de julho/2017 a janeiro/2018, foram 213 episódios confirmados, 435 em investigação e 81 óbitos. São Paulo lidera as estatísticas com 108 casos e 43 óbitos.

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Desordem psicogênica após vacinação em massa

Desordem psicogênica após vacinação em massa

Por Dra. Isabella Ballalai – São inúmeros os relatos na literatura de reação psicogênica em massa durante campanhas de vacinação voltadas para adolescentes, caracterizada pela ocorrência de reações físicas, geralmente semelhantes, em indivíduos vacinados. Esses fenômenos, conhecidos como doença psicogênica em massa, são definidos como a ocorrência coletiva de uma constelação de sintomas sugestivos de doença orgânica, mas sem uma causa identificada em um grupo de pessoas com crenças compartilhadas sobre a causa dos sintomas (1).

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