Melasma | diagnóstico e tratamento

Melasma | diagnóstico e tratamento

Por Dra. Denise Steiner – O melasma é uma melanodermia caracterizada pelo aparecimento de máculas acastanhadas localizadas principalmente no rosto, quase sempre em mulheres acima de 35 anos de idade. Ocorre predominantemente em mulheres hispânicas ou asiáticas, e em cerca de 10% dos homens. Sua causa é desconhecida, embora haja múltiplos fatores contribuintes, como predisposição constitucional, gravidez, alterações hormonais, uso de anticoncepcionais, exposição solar e uso de determinados cosméticos. Ainda não houve identificação de genes específicos, mas pelo fato de a prevalência ser maior em indivíduos de pele castanha e parda, existe a possibilidade de participação genética.


O melasma piora devido a alterações hormonais como:


– Gestação – É comum o aparecimento ou a piora do melasma na gravidez, ocorrendo em 50 a 70% dos casos. Neste período ocorre uma maior produção do hormônio melanócito estimulante e também progesterona e estradiol.


– Uso dos anticoncepcionais que, por meio do estradiol ou progesterona, também estimulam os melanócitos a piorar o melasma.


Os níveis do hormônio melanotrófico não apresentam alterações nos pacientes com melasma, nem foi estabelecida sua correlação com alterações hormonais.


A radiação ultravioleta do sol e de lâmpadas artificiais tem participação fundamental no aparecimento do melasma por estimularem in vivo e em cultura os melanócitos. As peles mais propensas a ter melasma são a morena e a miscigenada, pois nestas o melanócito é mais competente e ativo. Considerando as características dessa célula de origem nervosa e muito reativa aos mais variados estímulos, seguem alguns direcionamentos sobre o tratamento dessa condição que compromete a autoestima das pessoas acometidas:


– Sempre prescrever filtro solar, de preferência físico, com fator de proteção alto e com corda pele (como se fosse uma base). O filtro físico reflete a luz e a cor bloqueia a luz visível (tela do computador, lâmpadas das casas etc.). O uso do filtro deve ser repetido várias vezes ao dia, principalmente se houver trabalho ao ar livre.


– A prescrição do tratamento deve ser sempre do dermatologista, que precisará verificar inclusive a possibilidade de permitir ou não a depilação da face ou sua esfoliação. O tratamento complementar com laser deve ser especifico e pouco agressivo.


– O laser mais indicado é aquele que possui energia baixa e pulso curto (Q-Switched), para que o calor liberado não seja agressivo e não piore a mancha. Durante o tratamento com laser, é necessário proteger a pele do paciente e evitar agressões externas.


– Substâncias como o polypodium leucotomos e o ácido tranexâmico podem ser indicadas, pois ajudam a proteger a pele. Ultimamente, essas substâncias são muito estudadas e demonstram cientificamente que podem auxiliar no controle do melasma. No entanto, devem ser prescritas após o conhecimento do mecanismo de ação desses medicamentos, para que sejam indicadas doses corretas ou evitá-las em caso de contraindicações especificas.


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