Orientação para detecção de casos suspeitos de coronavírus

Orientação para detecção de casos suspeitos de coronavírus

O Brasil não tem casos registrados da doença. Mas já existem casos suspeitos. A orientação do Ministério da Saúde diante da detecção de um caso suspeito é manter o paciente em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos. O paciente deve utilizar máscara cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo.


Qualquer pessoa que entrar no quarto de isolamento, ou entrar em contato com o caso suspeito, deve utilizar equipamentos de proteção individual (preferencial máscara N95, nas exposições por um tempo mais prolongado e procedimentos que gerem aerolização; eventualmente máscara cirúrgica em exposições eventuais de baixo risco; protetor ocular ou protetor de face; luvas; capote/avental).


Além disto, todo caso que se enquadre na definição de caso suspeito deve ser notificado por meio de comunicação mais rápido possível (telefônico ou eletrônico), em até 24 horas.


Segundo o MS, existem três possibilidades para a definição de um caso suspeito. São elas:


1 - Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;


2 - Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;


3 - Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais, entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.


OBSERVAÇÕES:

a) Febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, pessoas com baixa imunidade ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.


b) Contato próximo é definido como: estar a aproximadamente dois metros de um paciente com suspeita de caso por novo coronavírus, dentro da mesma sala ou área de atendimento, por um período prolongado, sem uso de equipamento de proteção individual (EPI).


De acordo com o MS, o Brasil tem um sistema de vigilância renomado e preparado para enfrentar o novo coronavírus. O Centro de Operações de Emergência monitora a situação e coordena a ação de controle da doença em todo o país. Neste momento, a OMS classifica a situação como sendo de muito alto risco na China e de alto risco em nível regional e global.


FONTES: Ministério da Saúde do Brasil / ANVISA / Organização Mundial da Saúde (OMS) / Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA

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