Osteoporose da Menopausa

Osteoporose da Menopausa

Osteoporose é uma doença esquelética sistêmica caracterizada por deterioração na qualidade óssea, levando à redução da resistência e maior risco de fratura espontânea ou ao mínimo trauma. Acomete principalmente o osso trabecular, que é encontrado na parte interna dos ossos longos, pelve e corpos vertebrais. Dessa forma, os locais mais comuns de fratura são coluna vertebral, quadril e região distal do antebraço e proximal do úmero.


Doença osteometabólica mais comum, a osteoporose afeta 1 em cada 3 mulheres acima de 50 anos. Alguns estudos sugerem que metade das mulheres na pós-menopausa terá alguma fratura osteoporótica ao longo da vida.


Os fatores de risco devem ser avaliados com o objetivo de identificar os fatores modificáveis e as causas secundárias de osteoporose e estimar o risco de fraturas. Os principais fatores de risco são o baixo pico de massa óssea e a velocidade de perda óssea (Quadro 1).



 


Densitometria óssea (DXA)


Método não invasivo de melhor acurácia para a determinação da densidade mineral óssea (DMO), que é o melhor preditor isolado do risco de fraturas. Pode ser usado na coluna vertebral, quadril, radio distal, falanges e calcanhar, mas apenas os sítios centrais (coluna vertebral e quadril) podem ser utilizados para monitorar o tratamento.


O diagnóstico de osteopenia e osteoporose é definido pela The World Organization (WHO) de acordo com o número de desvios-padrão em comparação com o adulto jovem do mesmo sexo (T-escore), conforme mostra o Quadro 2. A DMO dos pacientes com osteoporose deve ser comparada também com a população da mesma idade e sexo (Z-escore), e um escore menor que -1,5 é considerado muito abaixo do esperado, indicando necessidade de avaliação para causas secundárias.



 


Idealmente, todas as mulheres na pós-menopausa deveriam realizar densitometria. No entanto, para reduzir os custos, a Sociedade Internacional de Densitometria Clínica sugere a realização em mulheres acima de 65 anos, ou antes, no caso de pacientes com história de fratura após mínimo ou nenhum trauma, no início da menopausa (sem uso de terapia de reposição hormonal), em uso prolongado de corticoide ou outros fármacos associados à perda óssea, osteopenia observada na radiografia, história materna de fratura ou osteoporose, perda de altura ou deformidades torácicas, baixo índice de massa corporal (IMC) (< 19) e em causas secundárias (Quadro 3).



Escore de osso trabecular (TBS)


TBS é um índice de textura óssea que avalia o pixel de níveis de cinza em imagens de coluna lombar obtidas por meio da DXA, provendo avaliação indireta da microarquitetura trabecular. Não é uma medida física direta, mas um escore obtido pela projeção de estruturas 3D no plano 2D. Este escore é particularmente útil nas condições associadas a risco aumentado de fraturas mesmo na presença de DXA dentro da normalidade, como uso crônico de corticoide, uma vez que o risco de fratura é maior independentemente da DMO, e em diabéticos tipo 2, visto que o risco de fratura é maior apesar de maiores valores de DMO (Quadro 4).


Trata-se de uma ferramenta adicional no manejo da osteoporose, ainda em aperfeiçoamento, mas bastante promissora, principalmente considerando-se o grande número de pacientes que apresentam fraturas mesmo na ausência de osteoporose, sugerindo que outros fatores além da DMO influenciam o risco de fratura. Os pontos de corte só estão definidos para mulheres na pós-menopausa, sendo necessária ainda a definição para homens e mulheres na menacme.





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