Sacubitril/valsartana é um complexo de sal de sódio do pró-fármaco sacubitril, que inibe a enzima neprilisina, e da valsartana, um bloqueador do receptor AT1 da angiotensina (BRA).1,2 A neprilisina é responsável pela degradação de peptídeos endógenos vasodilatadores, como os peptídeos natriuréticos, os quais apresentam ações de natriurese, vasodilatação, com efeitos contrarreguladores na fisiopatologia da insuficiência cardíaca (IC). A valsartana atua inibindo o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual também faz parte da fisiopatologia da IC.3 Além disso, a angiotensina II é um substrato para a neprilisina, sendo oportuna a associação do inibidor da neprilisina com um inibidor da angiotensina II.
Anticoagulantes orais diretos (DOAC, do inglês direct oral anticoagulants), também chamados de anticoagulantes orais não dependentes da vitamina K, foram aprovados em 2008 na Europa e, posteriormente, em vários outros países, inclusive no Brasil. Essa classe de medicamentos é composta pela dabigatrana (inibidor direto da trombina) e pelos inibidores do fator X ativado, que impedem a conversão da protrombina em trombina, sendo eles a rivaroxabana, a apixabana e a edoxabana.
As taquicardias de QRS largo são ritmos com duração do complexo QRS ≥ 120 ms em adultos e > 90 ms em crianças, bem como frequência cardíaca superior a 100 bpm. A taquicardia ventricular representa 80% dos casos, os outros 20% são divididos em taquicardia supraventricular com bloqueio de ramo prévio ou com condução aberrante e taquicardia antidrômica.1,2
Por Dra. Rose Mary Ferreira Lisboa da Silvia – Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica com sintomas e/ou sinais de intolerância aos esforços e/ou retenção hídrica, causada por alterações cardíacas funcionais e/ou estruturais, resultando em diminuição do débito cardíaco e/ou aumento das pressões intracardíacas.
Bloqueios intraventriculares são alterações com retardo ou interrupção da condução do estímulo elétrico cardíaco, resultando em mudança na duração e no formato do complexo QRS no eletrocardiograma, e assincronia da ativação do ventrículo correspondente. Esses distúrbios de condução incluem o bloqueio de ramo direito (BRD), o bloqueio de ramo esquerdo (BRE) e os bloqueios divisionais.1 Podem ser intermitentes ou permanentes, frequência-dependentes, assim como funcionais ou estruturais.