Cirurgia Minimamente Invasiva em Crianças
- Por Rodrigo Chaves Ribeiro
- 19 de nov. de 2020
Antes do novo coronavírus (COVID-19) roubar todas as atenções das mídias nacional e internacional, os casos de intoxicação por etilenoglicol secundários à contaminação da cerveja Belorizontina certamente foram um dos temas de maior repercussão dentro da área médica no noticiário brasileiro. Recentemente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou que chega a seis o número de mortos por suspeita de intoxicação por monoetilenoglicol ou dietilenoglicol após o consumo da cerveja da Backer. O número de casos suspeitos permanece 30. Dos seis óbitos, apenas um teve o diagnóstico de intoxicação por dietilenoglicol confirmado.
Ainda existe controvérsia quando se fala em ovários policísticos. No ultrassom dos ovários, pode-se verificar a presença de alguns folículos residuais que, por vezes, são chamados erroneamente de cistos e, daí, a confusão. Múltiplos folículos ou “pequenos cistos” nos ovários são encontrados em ¼ das mulheres ovulatórias normais e, portanto, não têm significado clínico. Entretanto, o diagnóstico de cisto folicular pressupõe, de maneira incorreta, a necessidade de cirurgia, o que era realizado em um passado não muito distante. A maioria dos cistos foliculares regride espontaneamente, ou esse processo pode ser acelerado com o uso de drogas bloqueadoras ovarianas, como anticoncepcional oral.
A Oncologia de Precisão se tornou um novo paradigma na fisiopatologia molecular, no diagnóstico, no prognóstico e, principalmente, no tratamento do câncer. Já a partir do final da década de 1990, os primeiros agentes antiblásticos alvo-direcionados ou alvo-moleculares foram aprovados para uso comercial, como o trastuzumabe (anticorpo monoclonal direcionado a tumores com hiperexpressão da proteína HER2 codificada pelo gene ERBB2) e o rituximabe (anticorpo monoclonal direcionado a linfomas com expressão da proteína de superfície celular CD20). A partir daí, houve um desenvolvimento muito rápido e robusto da identificação de novos alvos moleculares e suas terapias específicas, especialmente com o crescente uso de anticorpos monoclonais específicos e inibidores de tirosinoquinase para alvos variados. Estima-se hoje que até 49% dos tumores sólidos possuam, pelo menos, um alvo potencialmente terapêutico.